Não dá de manter aquela caixinha de cristal que você tinha lá do primeiro mês - incluindo a "pureza" dela, felizmente.
Se uma pessoa sozinha já muda com o passar dos anos, imagina quando você inclui outra no pacote.
No quesito relacionamento, as coisas tendem a mudar para melhor, ou para atingir um nível de progresso... Tem que estar bom, senão não está certo e aí, "hasta la vista".

Passada essa etapa de "a minha relação me faz uma pessoa feliz", você começa uma listagem de perdas e ganhos. A balança tem que estar equilibrada pra tudo dar certo: você tira o "ver ele todos os dias", mas você bota o dormir juntinhos, você tira o "ceder sempre pro que ela quer", mas acrescenta o eu te amo verdadeiro e comprovado, você tira a disposição eterna pra se ver, mas acrescenta o conforto de um abraço depois de uma semana exaustiva, você retira exclusividade total, mas acrescenta no pacote programas diferentes e lugares diferentes, você retira o acanhamento e o pudor, mas inclui o atrevimento e a naturalidade, você retira os dias de chuva que não faziam diferença no que estava planejado, e inclui ver um filmezinho debaixo da coberta, você retira a insegurança contida, mas inclui a transparência... Essa balança é equilibrada por um sentimento chamado Amor. E se ele é verdadeiro o equilibrio tende a permanecer, mas isso exige um esforço de ambos em todos os momentos da vida para que perdure e permaneça lindo e com o mesmo brilho que possuia há tanto tempo. Há quem diga que o brilho do amor acontece somente durante o início da relação, mas há quem diga (e eu sou prova viva disso) que o brilho nunca acaba e sim, cresce. A cada dia, a cada desafio, a cada beijo, a cada dificuldade, a cada abraço, o amor torna-se mais consistente e intocável.
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